Operacionalização do SISTEMA AUTONOMO DE RADIOCOMUNICAÇÕES AMADORAS
As comunicações via rádio são um pilar fundamental das operações de protecção civil desenvolvidas pelos seus agentes e entidades com dever especial de colaboração.
A sua eficiência pode implicar, respectivamente, a atenuação dos efeitos dos acidentes graves ou catástrofes e consequentemente a minimização de danos nas pessoas, bens e ambiente.
Os meios disponíveis pelos radioamadores permitem a criação de redes rádio, em várias bandas de frequência, com o objectivo de gerir informação relevante para a gestão de situações de emergência ou catástrofe complementando as falhas das redes oficiais, mas nunca as substituindo por não ser essa a sua função nem para tal ter capacidade.
A ARLC, enquanto membro do Conselho Municipal de Proteção Civil de Cascais, pode colaborar no sistema de comunicações e emergência estabelecendo redes rádio autónomas e independentes que se constituirão como redes redundante e/ou alternativas aos sistemas de comunicações oficiais do SMPC Cascais com o objectivo de assegurar a circulação de informação necessária à gestão das situações de emergência ou catástrofe.
Desde 01/10/2019 que se encontra implementado o Sistema Autónomo de Radiocomunicações Amadoras (SARA) em modo experimental com o objectivo de operacionalizar o protocolo de colaboração entre a ARLC o SMPC de Cascais, assinado em 28 de Maio de 2014.
Forma de activação do SARA:
a. Por iniciativa da ARLC:
Sempre que se verifique a emissão por parte do IPMA de Avisos Meteorológicos Laranja ou Vermelho para o Distrito de Lisboa, Risco de Incêndio Muito Elevado ou Máximo para os concelhos de Cascais e Sintra e a emissão de Avisos por parte da ANEPC a coordenação do SARA juntamente com a Direcção iniciam o acompanhamento da situação e, se necessário activam a EDR (p.e. esta situação aconteceu por duas vezes em 2018, durante o incêndio de deflagrou na serra de Sintra, em Outubro, e na semana seguinte durante a passagem de tempestade “Leslie”).
b. Por iniciativa do SMPC/CMCascais:
Sempre que o SPMC entenda necessário, ao abrigo do Protocolo assinado, colocar a ARLC (e os seus meios) como complemento às comunicações oficiais face a uma previsão ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe.
Em caso de activação do SARA será nomeado, sempre e no mínimo, um Elemento de Ligação ao SMPC/CMC que se apresentará no Posto de Comando e terá como função fazer a ligação entre a ARLC e o SMPC/CMC.
Será activada de imediato a Estação Directora de Rede (EDR), situada na sede da ARLC, com meios de comunicação e suporte de energia necessários ao estabelecimento e manutenção das redes rádio necessárias para fazer face à situação em curso.
A EDR fará, também, a gestão dos recursos humanos (associados) disponíveis para assegurar as redes, no terreno, anteriormente referidas.
Abaixo encontra-se a lista de frequências QAP em caso de emergência/catástrofe que deverão ser utilizadas para contacto com a ARLC.